Nesse final de 2016 a OMS foi convidada para auxiliar na montagem da árvore de Natal da Copel, instalada em frente do Palácio Iguaçu na Praça Nossa Senhora de Salette, em Curitiba, por funcionários voluntários. O “pinheiro da luz” — assim batizado — foi todo construído com material reaproveitável. O tronco é um poste de luz. Os galhos foram feitos com varas de manobra — ferramentas usadas por eletricistas para trabalhar nas redes elétricas. As “grimpas” do pinheiro foram criadas com CDs inutilizados e cabos condutores de energia inservíveis.
Coube à OMS prestar assessoria na montagem da parte elétrica da árvore. E esta foi a que mais chamou a atenção no pinheiro. As luzes natalinas tocaram o coração dos curitibanos. A estrutura foi iluminada por uma mangueira com 700m de lâmpadas de LED, mais eficientes e econômicas. Para suprir as lâmpadas com energia, foram utilizadas placas fotovoltaicas que captam a energia solar e baterias: uma araucária de Natal sustentável.
Talvez algumas pessoas imaginem que a ideia de iluminar uma árvore tenha sido de Thomas Edison — o inventor da lâmpada elétrica —, como uma maneira de propagandear sua invenção. Mas isso não é verdadeiro. É certo que ele iluminou um pinheirinho de Natal na estação de trem da cidade onde morava, mas o costume de enfeitar árvores com luzes é muito mais antigo. Antes de Edison elas eram decoradas com velas acesas. Conta a história que muitas casas queimaram por causa dessa tradição e até que as empresas de seguros não queriam mais indenizar os proprietários. Engraçado, não? Pois é, mas fica a pergunta: o que são a luzes de Natal? E por que colocar luzes em uma árvore?
Quando pensamos em Natal, automaticamente associamos essa festa a uma data cristã. Porém, a essência desse costume leva a tempos antiquíssimos, anteriores ao surgimento do cristianismo. Nos países nórdicos, por exemplo, no dia 21 de dezembro se comemorava o retorno do sol, celebração que tinha um significado de renovação. Nessa mesma época do ano os romanos festejavam o nascimento do Deus sol. Na China e em várias outras partes mundo sempre houve a festa dedicada ao sol, à luz.
De acordo com o dicionário de símbolos de Jean Chevalier, a luz sempre foi e sempre será uma representação da alegria, da vida em todo o seu potencial, da felicidade e da fraternidade entre todas as pessoas. Em um aspecto mais espiritual, a luz significa sabedoria, iluminação e o despertar de uma consciência divina no ser humano. E mais do que isso: é o despertar dessa partícula de luz, de vida, em todo o seu esplendor, dentro de cada homem. A luz, então, é o coração do mundo, que a tudo e a todos dá vida.
A árvore, segundo Chevalier, é um símbolo do eixo do mundo. É a relação entre o céu e a terra. É a união de todas as coisas, é o entrelaçamento cósmico compreendendo em si todas as miscelâneas humanas. “É o pilar central do templo, ou a casa, e é também a coluna vertebral a sustentar o corpo humano”, diz o escritor.
Então, quando nos deparamos com um pinheiro de Natal — como o que a OMS ajudou a construir — e admiramos suas luzes, estamos reverenciando tudo aquilo que a humanidade tem de melhor. Admiramos a árvore iluminada que está no coração de todos e de todo o mundo e que evoca sempre a conquista do mais belo esplendor do ser humano: o esplendor de vencer debilidades e se transformar em um ser luminoso.
Por isso, nesse final de ano, nós da OMS Engenharia te convidamos a observar as luzes. Não esperemos um 2017 melhor, mas sejamos melhores para construir um ótimo ano, um ano com mais frutos, folhas, flores e ar pra respirar. Um 2017 iluminado como uma árvore de Natal. Que sejamos melhores em 2017! As dificuldades poderão surgir, mas serão oportunidades para evoluirmos, para que um dia iluminemos a vida de todos, e cada vez com mais intensidade. É o que desejamos a todos os nossos amigos, clientes, fornecedores, parceiros, e a toda a humanidade: que sejamos como árvores iluminadas em 2017.
Feliz natal e um ano novo cheio de luzes no seu coração e no coração do mundo.