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Como reduzir o consumo de energia no inverno? Veja quanto cada eletrodoméstico gasta e cuide da sua conta de luz!

O consumo eficiente de energia é fundamental para que a nossa conta de luz não fique tão assustadora no inverno, tanto nas empresas e indústrias quanto em nossas residências. Estamos entrando na estação mais fria do ano e precisamos de chuveiro quente, ar condicionado, aquecedor. Enfim… tudo aquilo que faz a conta subir nas regiões menos quentes do Brasil. Como reduzir o consumo de energia no inverno? Nesse post vamos analisar quanto gastamos com os eletrodomésticos mais usados nessa estação e como frear o aumento exagerado na conta de luz para cada um deles.

Chuveiro, o vilão do consumo residencial

Vinte a 30% dos gastos com energia em uma residência são gerados pelo chuveiro. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, um banho quente com uma hora de duração consome 4,5 a 6 kWh (quilowatts/hora). Um banho desses por dia ou dois de meia hora consumiriam, ao final de um mês, 157,5 kWh.

A Companhia de Energia Elétrica do Paraná, Copel, cobra R$ 0,64 por quilowatt/hora (KWh), já contando os impostos. O custo mensal com banho para um paranaense seria, então, de R$ 100,8 na conta de luz. Multiplique isso pelo número de habitantes da casa… já pensou?

Como reduzir o consumo do chuveiro, então?

  • Diminua o tempo de banho: não tem jeito, a mudança de hábito faz toda a diferença nesse quesito.
  • Desligue o chuveiro enquanto estiver ensaboando o corpo.
  • Nos dias menos frios, deixe a chave na posição verão, que consome 30% menos energia do que na posição inverno.
  • Limpe os buracos de passagem de água para aumentar o fluxo, e não tente fazer remendos em resistências estragadas, pois isso gera perda de energia que encarece a conta.
  • Considere investir em um sistema de aquecimento solar para água. São placas metálicas ou de vidro duplo, que absorvem calor com a radiação do sol. A água quentinha é acumulada em um reservatório térmico e utilizada para banho, torneiras ou piscinas.

Eletrodomésticos

Secadora de roupas, lava-louças, torneira elétrica e as dicas de como reduzir o consumo de energia no inverno
A secadora de roupas, muito utilizada no inverno, consome de 120 a 150 kWh por mês, quando acionada uma vez por dia. Ou seja, até R$ 96,00 na conta, considerando a mesma tarifa de 0,64 o kWh.

A lava-louças também costuma ser mais empregada no inverno. Uma lavagem completa no ciclo normal consome, em média, 0,7 kWh. Com o mesmo padrão de tarifa, teríamos um custo mensal de R$ 13,44, se o ciclo completo de lavagem fosse realizado uma vez por dia.

Sem dúvida, a lava-louças tem suas vantagens: gasta menos água do que a lavagem manual e menos tempo – o que vale muito, não? De qualquer forma, servem as dicas:

  • Utilize as máquinas sempre na capacidade máxima, para reduzir o número de lavagens.
  • Prefira uma máquina com tamanho proporcional ao uso. Se você tem pouca louça, uma máquina menor representa menos consumo de sabão, líquido abrilhantador, água e eletricidade.

Torneiras elétricas

Enquanto a máquina de lavar louça se mostra razoavelmente econômica, as torneiras elétricas assustam um pouco. Elas têm resistência semelhantes a de um chuveiro e, portanto, consomem muita energia.

De acordo com o Inmetro, uma torneira elétrica com potência de 6000W (classe de potência E, recomendada para regiões de clima ameno a quente, como norte e sudeste do Brasil) consome, em média, 3,11 kWh. Calculando uma hora diária lavando a louça, temos um consumo mensal de 93,3 kWh: R$59,71 a mais na conta de luz.

Se considerarmos que as torneiras elétricas com potência de 6800 a 7900 W (classes F e G) são as indicadas pelo Inmetro para as regiões mais frias do Brasil, então sabemos que o consumo será ainda maior: equivalente a dois chuveiros de 3500 a 4000 W. Então, cuidado com as torneiras elétricas!

Como reduzir o consumo de energia no inverno  mesmo usando  aquecedor

O preço de um aquecedor elétrico de ambiente (irradiador, gabinete, a óleo ou splint) é ameno. Mas o consumo desses aparelhos gela até a alma. Quem quer saber como reduzir o consumo de energia no inverno precisa planejar bem a compra.

De acordo com uma avaliação do Idec, os irradiadores – aqueles com resistências incandescentes – são os mais eficientes. Isso porque transformam toda a energia que consomem em calor, que é irradiado para frente. Em compensação, podem queimar objetos, animais ou pessoas próximas. Também reduzem a umidade do ar e ressecam o ambiente.

E enquanto os gabinetes são ruidosos e também podem gerar queimaduras, os aquecedores a óleo têm baixo desempenho e alto consumo, até porque demoram a esquentar.

Já os splints são seguros, mas não podem ser transportados e, além de serem menos eficientes que os de resistência elétrica, gastam bastante energia. Veja a tabela para um consumo de oito horas diárias por 30 dias:

Tipo* Potência* (W) Consumo* (kWh) Consumo mensal (kWh/mês) Gasto mensal (R$)
irradiador 1200 1,2 288 184,32
gabinete 1300 1,3 312 199.68
a óleo 1500 1,5 360 230,4
splint 1250 1,5 360 230,4
*Fonte: Idec

Ar condicionado

O consumo médio para um ar condicionado com potência de 3500W é de 360 kWh por mês. Seguindo a mesma estimativa de manter o aparelho ligado oito horas por dia temos, no bolso, um impacto de R$ 230,4. Então, como reduzir o consumo de energia no inverno?

  • Mantenha portas de janelas fechadas quando o ar condicionado estiver ligado.
  • Cuide para não tapar a saída de ar do aparelho.
  • Limpe os filtros do ar, pois se estiverem sujos eles bloqueiam a circulação e isso aumenta o consumo de energia.

Como reduzir o consumo de energia no inverno cuidando da iluminação

Você pode economizar se aproveitar bem a luz natural deixando as paredes claras, investindo em boas janelas e trocando as lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou de led. Enquanto as incandescentes consomem 60w/h, as fluorescentes consomem 15w/h. Além de consumirem menos, elas duram até dez vezes mais. Lado negativo: elas contém mercúrio e outros materiais tóxicos, o que demanda cuidados especiais com troca, armazenamento e descarte. Quando uma lâmpada fluorescente quebra, libera gases tóxicos que podem fazer mal às pessoas e animais. Elas também produzem gás carbônico, poluente.

Em comparação com as duas, as lâmpadas de led são as mais duráveis, chegando a 17 anos de uso. Custam mais, porém consomem muito menos que as fluorescentes. Em termos de iluminação e consumo, uma lâmpada de led de 12W equivale a uma lâmpada fluorescente de 75/100 W.

  •  Apague as luzes quando sair de um ambiente. Lembre-se daquela pergunta popular: “você é sócio da Copel?”
  • Cores claras no teto e paredes exigem menos lâmpadas.

Outras dicas de como reduzir o consumo de energia no inverno (e no restante do ano também)

  • Não está usando? Desligue. Tire da tomada os eletrodomésticos, evitando o modo stand by, que consome energia. Eles são responsáveis por até 12% dos gastos mensais.
  • Se for viajar, o ideal é se programar para desligar a chave geral.
  • Programe o computador para desligar o monitor em pausas longas. 70% do consumo desse aparelho é do monitor.
  • Use aparelhos com selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), com eficiência energética comprovada.
  • E nunca é demais lembrar as velhas dicas: juntar uma boa quantia de roupa e passar tudo de uma vez para economizar com o ferro elétrico, reduzir a potência da geladeira e abrir a porta o menos possível e não dormir com a TV ligada.

Geração Fotovoltaica: a energia do futuro

Uma medida definitiva para quem tem alto consumo e busca eficiência é investir na geração de energia fotovoltaica. A instalação de painéis solares gera eletricidade suficiente para reduzir a conta de luz em 70%. E quando há menos consumo do que geração, a sobra é transferida para a operadora de energia local. Como compensação, você recebe créditos que podem ser usados por seu CPF, até em outro endereço, para abater na fatura de energia. É um sistema renovável, limpo e colaborativo, que ajuda a alimentar a malha energética brasileira.

Conte com a OMS para avaliar seu consumo de energia e criar um programa de eficiência energética ideal para reduzir os gastos e aumentar a eficácia de suas instalações elétricas.

No próximo post explicaremos como um bom programa de eficiência energética pode ajudar sua empresa, prédio ou indústria a economizar, e muito! Abraço e até lá.

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