Sol é luz. E assim se fez em 2017, ano em que a geração solar fotovoltaica atingiu 16,3 mil unidades microgeradoras. São consumidores residenciais e pequenos comerciantes que investiram na geração solar fotovoltaica em Curitiba e no Brasil. E instalaram painéis solares para reduzir a conta de luz, cada vez mais cara no país. Juntos, esses consumidores conscientes tornaram-se capazes de gerar 182 mW (megawatts) – o equivalente a uma hidrelétrica de médio porte, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O crescimento residencial da geração solar fotovoltaica em Curitiba e no Brasil
Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), quatro fatores contaram para o crescimento do número de consumidores residenciais de energia solar:
- O aumento de mais de 50% na conta de luz nos últimos dois anos
- A redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica
- A maior conscientização sobre o valor da energia limpara para o meio ambiente
- A regulamentação da legislação brasileira. Em 2012 foi criada a lei que permite a microgeração de energia na própria unidade consumidora.
Mas só em 2015 a regulamentação avançou de forma a tornar viável o crescimento do setor. Ela passou a permitir, por exemplo, que o consumidor pague imposto apenas sobre a energia líquida consumida. Ou seja: a diferença entre o que ele enviou e o que recebeu da rede elétrica, nos momentos produção insuficiente.
O crescimento da energia solar no Brasil foi de 70% nos últimos dois anos, e até 2030, ela deve responder por 10% da matriz energética brasileira, de acordo com a Absolar.
Energia solar: mais barata em todo o mundo
No início de 2017, a OMS noticiou aqui que até 2025 a energia solar deveria ficar mais barata que o carvão. Como explicamos na ocasião: “A comparação com o carvão se deve ao fato de que esse combustível fóssil é hoje a maior fonte de energia elétrica do planeta, respondendo por 41% da produção total de eletricidade e por 26% da geração de energia primária, que engloba atividades como a alimentação de caldeiras industriais. Enquanto isso, o petróleo responde por 34% da geração de energia no mundo.”
Recentemente, um novo relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), o New Energy Outlook (NEO) 2017, reviu essa previsão. O custo da energia solar terá redução de 66% até 2040. E já é tão barato quanto o carvão na Alemanha, Austrália, EUA, Espanha e Itália.
- Em 2021, será também na China, Índia, México, Reino Unido e Brasil.
- A energia solar levará US$ 2,8 trilhões em investimentos, e terá um salto de 14 vezes de capacidade.
- Como resultado, as energias eólica e solar representarão 48% da capacidade instalada no mundo.
- E 34% da geração de eletricidade até 2040, em comparação com os apenas os respectivos 12% e 5% atuais.
“O relatório deste ano sugere que a transição para um sistema elétrico mundial renovável não irá parar, graças à rápida queda dos custos de energia solar e eólica e um papel cada vez mais crescente das baterias, inclusive as de veículos elétricos, no equilíbrio entre oferta e demanda”, disse Seb Henbest, do NEO 2017.
Climatescope 2017 – o Brasil no topo
Em outro estudo divulgado neste mês, o Climatescope 2017, também realizado pela BNEF, 71 países emergentes foram pesquisados. Nestes, 34 gigawatts de capacidade de geração de energia solar entrou em operação, eletricidade suficiente suprir todo o consumo residencial anual do Peru ou da Nigéria. No acumulado, a capacidade de geração de energia solar cresceu 54% em um ano e mais do que triplicou em três anos. “A queda massiva nos preços de módulos fotovoltaicos observada nos últimos anos continua repercutindo nos países em desenvolvimento”, diz Ethan Zindler, diretor da BNEF para as Américas. “Isso está criando oportunidades variadas, de projetos que funcionam como rede energética e custam milhões de dólares até pequenas instalações que permitem que os agricultores reforcem suas safras com a melhora na irrigação e ainda se conectem à Internet”.
De acordo com o estudo, o Brasil lidera o ranking de investimentos em geração limpa na América Latina e Caribe, recebendo $ 125 bilhões de 2007 a 2016. E ocupa o segundo lugar no mundo, perdendo apenas para a China.
Carro Movido a Sol da OMS: inovação que estará nas ruas de Curitiba em 2018
A OMS participou ativamente incentivando o crescimento da geração solar fotovoltaica em Curitiba.
OMS Engenharia faz palestra no Rotary Club e explica sobre a geração fotovoltaica em Curitiba
Com textos, vídeos e palestras informativas em locais como o Rotary Club, multiplicou informações sobre a energia solar. E criou um projeto inovador, o Carro Movido a Sol.
O veículo elétrico da OMS terá painéis solares no teto e será abastecido com energia fotovoltaica. O “carro sol” estará nas ruas de Curitiba em 2018, convivendo com os curitibanos.
“A ideia é que o carro elétrico movido a sol seja identificado como tal e reconhecido facilmente por onde passar. Queremos que ele se torne um exemplo da utilização de energias limpas e renováveis como a fotovoltaica”, afirma Osmar Nascimento Costa, engenheiro e diretor da OMS.
Veja detalhes no vídeo a seguir, que traz um resumo deste ano solar que foi 2017. E pegue carona com a OMS, rumo ao futuro da geração sustentável!