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Elétrica para sala limpa: por que ela é especial? Conheça projetos como a primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil

Primeira sala limpa para manipulação de medula óssea

Uma sala limpa é um ambiente hermeticamente selado e pressurizado. E por isso até mesmo suas instalações elétricas precisam ser especiais! Como na primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil, cuja elétrica foi projetada e executada pela OMS Engenharia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

No universo hospitalar, a sala limpa é um local à prova de contaminação por bactérias e vírus. Nela se prepara o material utilizado em cirurgias complexas e delicadas, como os transplantes de órgãos ou medula.

Para que uma sala seja limpa, sua estrutura e equipamentos precisam ser totalmente protegidos do contato com ar e microrganismos externos.

E essa preparação começa já na construção, tanto na parte civil como de engenharia elétrica. Vamos a ela? Mas antes, relembre o conceito de sala limpa.

O que é uma sala limpa?

É um ambiente projetado para garantir a manutenção da qualidade microbiológica e física de produtos e do ambiente.

Em locais como a primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil, todo tipo de contaminação precisa ser evitado.

Por isso salas limpas não são utilizadas apenas em hospitais, mas também em:

  • clínicas médicas
  • laboratórios de análise química ou física
  • centros de pesquisa científica
  • veterinárias
  • tecnologia da informação, eletrônica e microeletrônica
  • data centers de alta segurança, onde a presença de microorganismos do ar precisa ser eliminada para evitar prejuízos a equipamentos que armazenam dados valiosos.
  • indústrias farmacêuticas, químicas, de bebidas, eletrônicas e automobilísticas. Muitas vezes, elas precisam controlar a qualidade dos produtos ou manter condições ideais a determinados processos. Isso a fim de garantir padrões de coloração, textura, sabor ou outros.

Controle rigoroso e permanente

As salas limpas surgiram séculos atrás, quando médicos e cirurgiões descobriram que borrifar equipamentos, mãos e ambiente com ácido fênico evitava a contaminação por bactérias.

Hoje, uma tecnologia robusta já foi padronizada para regular até mesmo o ar circulante. Numa sala limpa, são monitorados, controlados e registrados parâmetros como:

  1. Limpeza do ambiente
  2. Partículas e fluxo do ar
  3. Temperatura
  4. Umidade
  5. Pressão

Normas especificam inclusive como devem ser os padrões de superfícies visando a limpeza, as vestimentas dos funcionários que circulam pelo ambiente, os sistemas de qualidade do ar e a organização para facilitar realizar manutenções, entre outros.

Primeira sala limpa para manipulação de medula óssea: imagem de microscópio

O que a instalação elétrica de uma sala limpa precisa ter?

Para atender todos esses requisitos, tanto a infraestrutura física quanto as instalações elétricas de um local como a primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil precisam seguir padrões rigorosos.

Normas estabelecidas para esse tipo de ambiente determinam que a instalação elétrica tenha cabeamento, iluminação e tubulações herméticos.

Desgastes em mobílias e equipamentos podem acumular bactérias e micoorganismos contaminantes.

Por isso na instalação elétrica de uma sala limpa:

  • não pode haver penetração de ar externo
  • cabos e condutores devem ser internos
  • luminárias precisam atender padrões específicos para favorecer as condições ideais de higiene do ambiente.
  • tomadas, interruptores e outros acessórios precisam adequados

Os materiais empregados não devem ser facilitar a geração ou retenção de partículas ou bactérias. Também precisam ser resistentes a impactos, oxidação e a produtos de limpeza e desinfecção.

A iluminação precisa ser projetada prevendo-se a necessidade de manutenção elétrica. Preferencialmente, deve permitir que esta seja realizada em “zona técnica”.

Ou seja, uma área isolada acima do teto ou atrás das paredes. Esta área permite a circulação de técnicos ou pessoas sem contato com o espaço utilizado para a preparação ou realização dos procedimentos cirúrgicos.

O mesmo vale para todo o projeto, que deve prever a manutenção sem contaminação do ambiente.

Primeira sala limpa para manipulação de medula óssea: imagem de cirurgia

O projeto da primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil

No Brasil, a tecnologia já é bastante conhecida. Porém, não havia ainda uma sala limpa que fosse especialmente voltada à manipulação de medula óssea.

A primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil foi instalada em 2016, no hospital Albert Einstein, na cidade de São Paulo.

E a OMS engenharia participou desse projeto pioneiro.

O trabalho exigiu extremo cuidado e sofisticação, como explica Mauro Nascimento Costa, sócio-proprietário da OMS.

“Desenvolvemos todo o projeto elétrico especial da sala limpa. Por que especial? Porque todas as luminárias, tubulações e cabeamentos precisavam estar nos padrões exigidos por esse tipo de ambiente e ser totalmente herméticos. Isso para que não entre ar e microrganismos. Se entrasse, a consequência seria a corrupção do ambiente”.

Como vimos, o objetivo de um ambiente tão protegido é prevenir a contaminação do material usado em cirurgias e procedimentos médicos.

“É importante frisar que nessas salas não são preparadas as ferramentas da cirurgia, e sim o material cirúrgico como, no caso, a medula óssea.”

O mesmo vale, por exemplo, para transplantes de órgãos.

“Esse tipo de material, para ser manipulado, precisa de um ambiente extremamente limpo e higienizado. Se não for assim, pode ficar comprometido e isso seria fatal para os pacientes” — explica Mauro Costa.

Tecnologia aplicada: da medicina à indústria

Participar da construção da primeira sala limpa para manipulação de medula óssea no Brasil foi uma experiência gratificante para todos os profissionais envolvidos.

“Para a OMS, trabalhar na sala do Hospital Albert Einstein foi um desafio que testou as capacidades técnicas e a atenção da nossa equipe. Não era só desenvolver as etapas, mas tudo tinha que estar perfeito. Nada podia passar despercebido, caso contrário, a sala estaria comprometida”, afirma Osmar Nascimento Costa, engenheiro e sócio-proprietário da OMS.

A sala limpa é um recurso que garante maior segurança nas cirurgias de transplante de medula e, com isso, melhores chances de sobrevivência aos transplantados.

“É um marco na evolução do sistema médico nacional, porque se você tem um ambiente propício para esse procedimento e preparações, você oferece mais qualidade para a população. E nessa evolução estivemos presentes” — comemora Osmar.

A tecnologia que começou no ambiente hospitalar hoje é amplamente utilizada em setores como a indústria, onde são muito comuns salas e ambientes tão limpos quanto os de hospitais. Ou até mais!

Se sua empresa precisar de uma sala limpa, já sabe que pode contar com a OMS! E se essas informações foram úteis, não esqueça de compartilhá-las. Informação é o começo de todo bom projeto!

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