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Como um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA – pode salvar a sua empresa?

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

O Brasil é o líder mundial de raios. Ou seja, é o país com maior incidência anual de descargas atmosféricas naturais. Esse dado, por si, já explica porque é tão importante que indústrias e empresas tenham um bom Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas ou SPDA.

Veremos nesse post:

  • Por que a falta de um SPDA pode trazer sérios riscos à sua empresa
  • Como funciona um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA.
  • O que é e qual a importância do laudo para avaliar as condições de sistemas de proteção contra raios
  • E-book e podcast para você ficar sabendo exatamente o que fazer para proteger seu negócio.

 

Para que serve o SPDA?

 

Basicamente, para evitar que uma edificação caia nas estatísticas de perdas com raios. Veja só:

  1. No Brasil, ocorrem mais de 78 milhões de descargas atmosféricas por ano, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
  2. Um levantamento do Inpe aponta que os raios mataram 1.790 pessoas entre 2000 e 2014.
  3. A descarga gerada por um relâmpago tem intensidade mil vezes maior que a corrente elétrica que passa por um fio de chuveiro.
  4. E as temperaturas de um raio podem chegar a 30 mil graus Celsius, cinco vezes mais elevada que a da superfície do Sol!

Imagine o efeito de uma descarga atmosférica desse tipo caindo sobre uma empresa sem SPDA? E ainda mais: cheia de computadores, impressoras, máquinas ou outros equipamentos eletrônicos!

Sem o sistema de proteção SPDA, o raio pode:

  • Produzir um “centelhamento” capaz de matar pessoas, mesmo em ambiente interno.
  • Danificar as edificações e patrimônios.
  • Na edificação, podem haver curtos e incêndios.
  • Além disso, o raio gera uma descarga elevadíssima que afeta tensão e corrente. Consequentemente, equipamentos eletrônicos podem “queimar” e ser totalmente perdidos.

Resumidamente, sem um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas em bom funcionamento, empresas e indústrias podem perder todo o seu investimento em questão de segundos!

 

Como funciona o sistema de proteção contra raios?

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

 

Basicamente, o SPDA é composto de três subsistemas que funcionam em conjunto para “captar” e “desviar” a descarga atmosférica, de modo que ela não atinja o interior da edificação. Esses subsistemas são:

  1. Captação da descarga atmosférica (raio).
  2. Descida do raio até o solo.
  3. Aterramento, que distribui a eletricidade para a malha de aterramento, um anel composto de cobre ou alumínio, interligados com hastes de cobre ou alumínio feito em torno da edificação.

O aterramento protege pessoas, animais e a própria edificação, não apenas de raios, mas também de fugas de corrente que causam choques elétricos. O SPDA, esse triplo sistema de proteção, é a única forma de evitar os prejuízos das descargas atmosféricas, já que estas não podem ser evitadas.

“O raio é um fenômeno natural da atmosfera que você não pode prever ou controlar. A única coisa que você pode fazer é mitigar ao máximo os efeitos que ele causa para os equipamentos eletrônicos, para a edificação e para as pessoas que estejam na edificação” – explica o engenheiro-eletricista Henrique Nascimento Costa, da OMS Engenharia.

Mas fica a pergunta….

 

Quem precisa instalar um SPDA?

 

Toda edificação precisa de algum tipo de sistema de proteção contra descargas atmosféricas. No entanto, o tipo de proteção pode variar para cada construção.

É o engenheiro-eletricista que projeta o sistema elétrico quem vai definir a proteção ideal para cada caso. Numa residência, por exemplo, esse profissional pode atestar que um sistema de aterramento seja suficiente. Ou recomendar que um dispositivo de proteção contra surtos (DPS) também seja instalado.

Em caso de empresas e indústrias com muitos equipamentos eletrônicos, certamente será recomendada a instalação do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas completo. Ou seja: com os três subsistemas que vimos anteriormente.

Até aqui, falamos de edificações. Mas e as empresas que, além de prédios, possuem também atividades em áreas abertas? Como fica a segurança patrimonial e de funcionários nesses casos? É o que veremos a seguir.

 

Proteção contra raios em áreas abertas? Sim, existe nos sistemas modernos!

 

Durante muito tempo, a proteção contra raios no Brasil ficou limitada às edificações, devido ao curto raio de proteção da ponta Franklin e à aplicação exclusiva da gaiola de Faraday para esses casos.

No entanto, a maioria dos acidentes de raios acontecem nas áreas abertas. É o caso de estacionamentos, campos de futebol, praias, depósitos de matérias no ar livre, etc. Nesses locais, qualquer árvore, objeto pontiagudo ou mesmo o corpo humano pode funcionar como uma antena. Isso porque cargas e campos elétricos tendem a se concentrar na extremidade de qualquer objeto que encontrem no caminho.

À frente desta lacuna – sistemas modernos de proteção contra descargas atmosféricas foram desenvolvidos, visando áreas externas e longo alcance.

 

Para-raios ionizante

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

 

O para-raios ionizante é também conhecido como para-raios com dispositivo de ionização (PDI). Foi desenvolvido 30 anos atrás na Europa, a partir de campanhas de pesquisa em condições reais e ensaios em laboratório.

Em comparação com SPDA tradicionais (sistemas passivos), o para-raios ionizante é um sistema ativo. Como principal característica, seu raio de proteção é maior que o de qualquer sistema de proteção antigo.

O seu raio de proteção considerável permite proteger ambos – edificações e áreas abertas – onde a segurança de pessoas (tais como funcionários ou clientes) e de materiais (como inflamáveis) é essencial.

Como sua principal aplicação é a proteção de grandes estruturas e áreas abertas, o custo-benefício deste sistema se tornou mais vantajoso neste tipo de infraestrutura.

O para-raios ionizante baseia seu funcionamento nas características elétricas do fenômeno de raio. Geralmente composto por uma ponta metálica e componentes eletrônicos, o objetivo deste para-raios é detectar e antecipar a formação da descarga atmosférica. Isso a fim de se conectar com o raio em um ponto suficientemente alto e, de fato, oferecer uma área de proteção maior.

Hoje, o para-raios ionizante conta com mais de 1 milhão de unidades instaladas ao redor do mundo e fabricantes americanos, franceses, indianos, chineses, etc.

 

Manutenção

 

Quando maior o risco de danos por raios, mais completa dever ser a proteção. A decisão dos engenheiros na hora de calcular o sistema ideal para cada edificação ou área a ser protegia depende de normas. Protejo, construção e manutenção dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas são regidos pela NBR-5419/2015.

Além de definir o padrão de instalação, a norma também estabelece critérios de manutenção do SPDA. Recomenda-se que você faça uma avaliação anual para garantir que sua empresa, indústria ou residência estejam realmente protegidos. Isso pode salvar vidas e evitar enormes perdas financeiras. Para essa finalidade, existe o laudo de SDPA, que veremos a seguir.

 

A importância do laudo SPDA

 

O laudo SPDA é uma auditoria técnica feita por profissionais autorizados para avaliar as condições de funcionamento do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Coordenado por um engenheiro-eletricista, o laudo SPDA verifica se todos os componentes do sistema estão intactos, seguindo os preceitos da NBR-5419/2015. Por exemplo:

  • Se o projeto da edificação coincide com o que foi construído.
  • Se o SPDA foi totalmente executado de acordo com o projeto.
  • Se já ocorreu descarga atmosférica no sistema.
  • A integridade dos materiais e componentes do sistema: se houve. oxidação, defeitos ou degradação com o tempo.
  • A resistência elétrica da malha de aterramento.
  • As condições dos condutores de descida da energia ao solo.
  • O anel superior de aterramento.

Ao identificar problemas nessas estruturas, o laudo aponta soluções e o SPDA pode ser corrigido para que a edificação não sofra os efeitos negativos e prejuízos das descargas elétricas.

“Quando você vai fazer a análise de um SPDA, na maioria das vezes, infelizmente, já ocorreu o efeito. Por exemplo, o cliente tem um circuito de TV ou um sistema eletrônico e percebe que ele queima com frequência. Os equipamentos que fazem parte desse sistema queimam com frequência: câmeras queimam, equipamentos eletrônicos queimam, e você vai verificar que o SPDA não está adequado” ­– conta Costa.

Você não quer esperar o prejuízo para depois tomar uma atitude, certo? Então ouça o podcast que gravamos com o engenheiro-eletricista da OMS. Ele explica todos os detalhes que você precisa saber sobre o laudo SPDA. Leia também nosso post com informações completas sobre laudo de SPDA. Acredite….isso pode salvar sua empresa!

 

A garantia do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

 

Como vimos, o SPDA deve ser projetado e executado de acordo com a norma brasileira, que prevê também a manutenção. Uma empresa pode ser multada se danos por raios atingirem funcionários, terceirizados e até mesmo equipamentos locados ou consignados.

Então, perguntamos: você sabe como está o SPDA da sua empresa? Se nunca fez essa pergunta, é provável que seja o momento de avaliar suas instalações elétricas com um laudo SPDA. Essa é a única garantia de que o sistema está funcionando corretamente. Ou se é adequado à estrutura do seu negócio.

Para te ajudar, deixamos a seguir o nosso e-book gratuito sobre laudos elétricos. Você pode baixar e ler quando quiser. O e-book fala sobre SPDA e todos os outros principais tipos de laudos que você, com certeza, um dia vai precisar fazer. Bom proveito!  E conte com a OMS para projetar, executar, avaliar ou realizar a manutenção do seu Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Afinal, no país dos raios, SPDA é salva-vidas: de pessoas e do seu negócio!

 

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

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