A informação sobre os riscos com a eletricidade é do Anuário Estatístico 2018 da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade). De acordo com a pesquisa, 6215 pessoas sofreram acidentes com eletricidade no Brasil entre 2013 e 2017. Nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 33,6% no número de ocorrências. Para a Abracopel, o índice “é assustador e alarmante”.
Só no ano passado, foram 1387 acidentes por choque, incêndio ou raio. Neles, 702 pessoas perderam a vida. Tivemos:
- 851 acidentes por choque elétrico, com 627 mortes.
- 481 incêndios gerados por curto-circuito, 30 mortes.
- 124 acidentes com raios, 45 mortos.
De acordo com a Abracopel, esses números – que demonstram a realidade dos riscos com a eletricidade –, podem ser até cinco vezes maiores. Isso em função das ocorrências não noticiadas na internet, de onde a instituição extrai os dados para a realização do seu anuário estatístico.
#Energia Elétrica sem Acidentes: informação para reduzir riscos com a eletricidade
O que noticiamos aqui em nosso blog na campanha # energia elétrica sem acidentes, criada no ano passado, não foi animador: o número de acidentes cresce progressivamente no Brasil. Veja o gráfico…
E o pior é que, cada vez mais, os acidentes ganham terreno em ambiente doméstico. É nos lares que os brasileiros enfrentam, sem saber, riscos com a eletricidade. O maior número de mortes por choque elétrico ocorre em residências. Foram 218 no ano passado. O segundo local com maior frequência de mortes por choque é a rede aérea de distribuição elétrica (181 mortes em 2017) e a área rural (50 mortes em 2017).
Para a Abracopel, essas “218 mortes por choques elétricos em ambientes residenciais mostram que estamos falhando com orientações à população. Programas como o Programa Casa Segura (www.programacasasegura.org) precisam de mais visibilidade. O Raio X das instalações elétricas residenciais, publicado em 2017 pela ABRACOPEL em conjunto com o Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre) mostrou que a realidade das instalações elétricas residenciais no Brasil é assustadora”.
Onde mora o perigo?
Os riscos com a eletricidade estão em fios desencapados, em metais carregados expostos e outros problemas comuns, tanto em cidades quanto em áreas rurais.
O anuário Abracopel 2018 aponta que nos últimos cinco anos, os tipos de acidentes elétricos mais comuns foram:
- Choque elétrico – 57%
- Incêndio gerado por curto-circuito – 35%
- Raios (descargas atmosféricas) – 8%.
Mas quais são as causas frequentes?
- Nas residências: fios desencapados; uso incorreto de extensões, Ts (benjamins) e tomadas; eletrodomésticos com fuga de corrente.
- Na área urbana: postes energizados; grades com fuga de corrente.
- Área rural: bombas d´água; implementos agrícolas; raios; cercas eletrificadas.
- Rede aérea de energia: contato de metais; fios partidos; poda de árvore; resgate de pipas (papagaios).
Já mostramos aqui – e sempre vale reforçar a informação – o que é preciso para evitar os riscos com a eletricidade em casa ou na empresa. “É preciso observar a situação de quadros de distribuição de energia, condutores (ou fios), disjuntores, dispositivo DR, dispositivo protetor de surto (DPS) e terminais, além de dispositivos temporários como benjamins (ou “tês”) e réguas. Por isso é sempre recomendada a realização de manutenção elétrica preventiva. Com ela podemos identificar os problemas antes que eles aconteçam” – explica Henrique Nascimento Costa, engenheiro-eletricista da OMS Engenharia.
Veja nesse post a explicação detalhada dos componentes das edificações que precisam de atenção constante. Com eletricidade não se brinca: é melhor prevenir. Correr riscos com a energia elétrica pode custar a vida ou causar graves transtornos e perdas materiais, às vezes difíceis de reparar.