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O que é BIM (Building Information Modeling) e como ele torna o projeto de engenharia elétrica mais econômico e eficiente?

BIM Building Information Modeling

A nova tecnologia BIM (Building Information Modeling) promete revolucionar o trabalho na hora de construir, projetar ou reformar um edifício.

Para entender de forma simples o que essa revolução representa, basta lembrarmos que, há algumas décadas, os projetos elétricos, arquitetônicos ou hidráulicos eram feitos em 2D, traçados com tinta nanquim em papel vegetal.

Depois veio a geração CAD (Computer Aided Design). Passamos então a fazer projetos em computadores até mesmo com maquetes virtuais em 3D mais simplificadas. E isso já trouxe uma grande evolução.

Agora, com a tecnologia BIM, estamos falando em projetos executados em 7D!

Ok, você pode ter ficado confuso, pensando de onde teriam surgido tantas dimensões em um projeto elétrico. Ou mesmo de engenharia civil e que vantagens essas dimensões representam. Mas não se preocupe, explicaremos tudo neste post. E para isso, vamos mostrar:

  • o que é o BIM
  • quais as suas vantagens
  • as diferentes formas de utilização da Building Information Modeling
  • como é feito um projeto em 7D com a tecnologia
  • e os porquês de escolhemos adotar essa tecnologia nos nossos projetos e serviços de engenharia elétrica.

 

O que é BIM (Building Information Modeling)?

 

O BIM é a sigla de Building Information Modeling, que em português significa Modelagem de Informações da Construção.

De modo simplificado, o BIM é um conceito que permite cruzar dados e visualizar ao mesmo tempo todas as infraestruturas envolvidas em uma obra: elétrica, arquitetônica, cabeamento estruturado ou outras que façam parte de um projeto de engenharia civil.

Dessa forma, a ferramenta permite criar maquetes em 3D onde é possível visualizar, por exemplo, todas as incompatibilidades entre o projeto arquitetônico e o projeto elétrico.

Com isso, inconsistências e falhas que precisariam ser corrigidas no meio do percurso podem ser previstas e evitadas antes mesmo que a construção comece.

Além de evitar erros, se antes os processos eram, em sua maioria, feitos separadamente e levavam muito tempo, com o BIM tudo acontece de forma rápida, simples e eficiente. Mas como?

Essa tecnologia nada mais é do que um sistema que possui uma base de dados técnicos a serem considerados na hora de projetar um empreendimento.

Em outras palavras, o BIM é um software que permite a inserção de informações sobre todas as etapas da obra.

Por meio da ferramenta é possível criar um modelo visual 3D que facilita o entendimento, controle e análise do resultado final do projeto por parte da equipe técnica.

 

BIM (Building Information Modeling)

 

Os benefícios do uso do BIM (Building Information Modeling) para projetos elétricos e de engenharia civil

 

A tecnologia não traz apenas inovação no sentido de evolução de softwares e sistema de gerenciamento de trabalho, mas acrescenta também inúmeras vantagens para aqueles que decidem migrar do antigo sistema para o novo.

É o que afirma Henrique Dariva, engenheiro eletricista da OMS Engenharia. “A partir do momento em que você utiliza uma tecnologia nova, que você consegue inovar no campo de atuação, você ganha na parte financeira, na parte de facilidade para o seu executor de obra, e essa tecnologia tem ajudado o nosso negócio e os nossos funcionários.”

Entre as vantagens de se adotar o BIM como ferramenta de trabalho para o planejamento de sistemas elétricos, reformas civis ou outros projetos, estão:

  • Concentração e integração das informações em um único lugar;
  • Integração de diferentes softwares que conversam entre si e fazem o uso de uma linguagem simples e aberta;
  • Informações aprofundadas de todas as partes da construção, bem como a evolução em tempo real de cada uma delas;
  • Diminuição dos erros que seriam comuns nos projetos criados em 2D;
  • Fácil acesso por todos os integrantes da equipe da técnica e até mesmo do cliente final;
  • Possibilidade de criar orçamento, definir prazos, visualizar as etapas da construção em um único sistema;
  • Auxílio na administração e na manutenção do empreendimento após o término da obra;
  • Simulação e análise de comportamento dos empreendimentos quando se trata de sustentabilidade.

“Tudo isso agrega valor ao cliente. Você consegue fazer o mesmo serviço de forma mais rápida e economizando recursos, e também para a gente: você tem um valor agregado, um diferencial no mercado por ser uma empresa que investe em tecnologia colhe frutos de forma cada vez mais rápida no mercado”, pontua Dariva.

 

Quais são os principais usos do BIM (Building Information Modeling) em suas 7D?

 

Para cada etapa do projeto de construção civil, o BIM é utilizado de uma maneira. Classificadas normalmente em 3D, 4D, 5D, 6D e 7D, as etapas da ferramenta apresentam características únicas e formas diferentes de serem utilizadas de acordo com a necessidade e com o objetivo do projeto e da equipe técnica.

Apesar de estarem dispostas em sequência, todas essas aplicações podem ser utilizadas de forma independente. Ou seja, é possível fazer uma análise 6D sem necessariamente fazer uma análise 3D, por exemplo.

A seguir, você confere quais são e como funciona cada etapa:

 

 1. Etapa 3D – Representação da BIM (Building Information Modeling)

 

O 3D é a forma mais usual de se utilizar o BIM. É nesta etapa que são feitos a produção e o desenvolvimento dos modelos ou projetos de arquitetura. São feitas também as estrutura e instalações elétricas, por exemplo.

É a produção e o desenvolvimento dos modelos BIM das diversas disciplinas. Ou seja, é o estágio em que as dimensões geométricas X, Y e Z dos objetos da edificação, somadas às informações não geométricas destes objetos, entram no sistema e podem ser facilmente visualizadas, facilitando assim o trabalho da equipe técnica.

O conjunto das informações 3D com as informações que são integradas ao sistema facilitam o entendimento daquilo que está sendo projetado.

Essa modelagem de dados permite a análise de diversos tipos de sistemas construtivos. Facilita também a comunicação entre os diversos projetistas, o construtor e até mesmo o cliente final.

Além disso, na etapa 3D do BIM é possível utilizar os modelos para:

  • Compatibilização
  • para a criação da realidade virtual com o objetivo de venda do empreendimento
  • percursos virtuais, para fazer renderizações
  • e muitas outras funções.

 

 

2. Etapa 4D – Planejamento

 

A quarta dimensão do BIM é o tempo. Conhecida por planejamento, a etapa 4D ocorre quando são definidos os prazos de execução do empreendimento.

Essa definição ocorre por meio da inserção das informações sobre cada etapa da obra e o tempo que elas levarão para serem executadas. Ao fazer essa integração, o sistema gera uma animação sequencial da obra.

Com ela, é possível identificar qualquer falha no planejamento fazendo a comparação do que já foi executado da obra com o que estava previsto.

Essa análise permite que a equipe técnica tome decisões facilmente e rapidamente diante de qualquer imprevisto que possa vir a acontecer.

Nesse estágio também é possível fazer algumas análises que costumam ser difíceis de serem realizadas analogicamente. Por exemplo, o estudo de logística da obra.

 

3. Etapa 5D – Estimativa

 

Quando falamos de estimativa, estamos falando de custos. Ou seja, o valor final que a obra irá custar. Para criar o orçamento da obra no BIM (Building Information Modeling) é preciso adicionar ao sistema todos os quantitativos dos modelos e ligá-los com as composições de preço unitário.

Com as informações completas de todos os itens necessários para a realização da obra, a aplicação conseguirá determinar o custo total do empreendimento.

A visão geral do orçamento permite que tanto a equipe técnica como o cliente final possam, juntos, definir se os custos estão dentro do planejado. E prever se, ao decorrer da obra, o valor estipulado não será ultrapassado.

 

4. Etapa 6D – Sustentabilidade

 

Não é novidade que, cada vez mais, os empreendimentos buscam formas sustentáveis em sua construção. O objetivo é encontrar soluções que ajudem o meio ambiente. E que ajudem também a reduzir os gastos do empreendimento com energia e água.

A instalação de painéis solares, lâmpadas mais econômicas, reaproveitamento de água da chuva e, até mesmo, a posição em que são instalados equipamentos como ar-condicionado são alguns exemplos de mudanças sustentáveis que podem ser implementadas na construção do empreendimento.

Com a aplicação 6D do BIM, a análise desses recursos é feita de forma simplificada. Isso porque a ferramenta permite verificar, em uma suposição, como o empreendimento irá se comportar em termos de sustentabilidade após a sua construção.

Assim, é possível que a equipe técnica avalie e decida quais são as melhores soluções de sustentabilidade para cada tipo de projeto realizado.

 

 

5. Etapa 7D – Facilities Management

 

A última aplicação do BIM é responsável pelo gerenciamento, operação e manutenção do empreendimento após a sua conclusão.

Com as aplicações e softwares em 7D para o BIM, todas as informações estão integradas num único sistema. Por exemplo, as datas de instalação de um gerador e os manuais de uma bomba hidráulica. Inclusive, as alterações nas medidas dos ambientes que foram feitas na obra.

Com essa forma de gerenciamento moderna, o trabalho do síndico e da equipe de manutenção fica ainda mais eficiente e rápido, já que com a versão digital é possível entender e conhecer em detalhes tudo o que envolve o empreendimento.

 

O mercado está migrando para o BIM (Building Information Modeling) e é preciso acompanhar a tendência

 

Com os avanços mais rápidos das ferramentas tecnológicas, os profissionais da construção civil precisam estar cada vez mais bem informados. Da mesma forma, precisam estar aptos a lidar com as novas tecnologias que surgem no mercado.

É assim com o BIM, uma ferramenta que permite aos diversos profissionais trabalharem de forma integrada. E, além disso, compartilharem com facilidade as informações de produção e execução de um projeto.

“A tecnologia veio a agregar, mas ela veio a desafiar também”. Essa afirmação do engenheiro Henrique Dariva resume bem o que o BIM representa para as empresas e profissionais.

Adotar essa tecnologia não é simplesmente fazer uma troca do CAD pelo BIM.  Para que a implementação desse novo sistema seja feita de forma eficiente, é necessário realizar testes para verificar se a metodologia e as aplicações funcionam de forma correta com os programas já utilizados pela empresa.

Isso evita que aconteçam erros na hora da utilização da tecnologia. Além disso, é preciso que todos os profissionais envolvidos estejam aptos a trabalhar com a ferramenta.

Apesar de ser uma tecnologia que veio para melhorar e agilizar o trabalho na hora de executar uma obra de um edifício, ela só será bem aproveitada se todos os processos forem feitos de forma eficiente. E, claro, se todos os profissionais tiverem a expertise para trabalhar com a aplicação.

“Quem não segue, não acompanha essa evolução de maneira rápida, respondendo a todas as necessidades do mundo, fica para trás. Então, a gente se prepara para que, com essas novas tecnologias, essas novas demandas que o mercado exige possam ser atendidas de forma plena”, finaliza Dariva.

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Produzido por Share MKT

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