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O perigo das gambiarras elétricas: 8 dicas para sua empresa não se tornar um Museu Nacional

gambiarras elétricas

Gambiarras elétricas e falta de manutenção causam curtos, choques e incêndios com perdas inestimáveis no Brasil

O incêndio que destruiu 90% do acervo do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista (RJ), em 2 de setembro de 2018, trouxe à tona o real perigo das gambiarras elétricas.

Elas são um reflexo do descaso que empresas e instituições públicas e privadas têm com a manutenção de suas instalações elétricas.

E vieram ao conhecimento geral com a denúncia que um arquiteto fez ao Ministério Público Federal antes da destruição do Palacete Imperial da Quinta da Boa Vista. “Onde vê-se fios desencapados, gambiarras elétricas e cobertura de plástico inflamável em parte do telhado” – apontou o relato do arquiteto, cujo nome é mantido em sigilo.

As gambiarras do Museu Nacional são apenas um de muitos casos recorrentes no Brasil. Reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record, mostrou os prédios que correm o mesmo risco de incêndio e destruição no país. Em geral, apresentando problemas visíveis na instação elétrica e falta de manutenção. Veja a reportagem neste link.

Gambiarras elétricas são a principal causa de acidentes fatais com eletricidade

A informação é de uma pesquisa feita em parceria entre o Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). De acordo com o estudo, 171 brasileiros morreram em 2016 em acidentes causados por instalações residenciais malfeitas, as gambiarras.

E o problema também é recorrente em empresas. Normalmente, as “gambiarras empresariais” ocorrem quando o consumo de energia aumenta e o número de equipamentos e aparelhos eletrônicos cresce.

Ao invés de investir no redimensionamento das instalações elétricas, a empresa tenta economizar puxando cabos, extensões e tomadas por conta própria, sem contratar profissionais capacitados para o serviço.

“As empresas que fazem gambiarras elétricas esquecem que o aumento de carga elétrica pode ser excessivo para os disjuntores e para a potência dos cabos. Isso exige a readequação das instalações elétricas, com a troca de quadros de distribuição e a implantação de sistemas de aterramento e proteção contra surtos” – explica Osmar Nascimento Costa, engenheiro-eletricista sócio da OMS Engenharia.

A consequência do descaso logo aparece: superaquecimento, curtos, choques, interrupções, aumento na conta de luz, queima de equipamentos e, por fim, incêndios.

As perguntas que você precisa fazer!

As perguntas a seguir apontam problemas que, corrigidos, levam à situação ideal de segurança e economia. A primeira delas é: aumentamos muito o consumo de energia, ou seja, o número de aparelhos, máquinas e equipamentos elétricos ultimamente?

Parece impressionante, mas a falta de adequação das instalações elétricas a novas cargas é muito comum no Brasil, em residências, empresas e indústrias.

E era o que ocorria no Museu Nacional. De acordo com o reitor da UFRJ, Roberto Leher: “Esta é uma edificação muito antiga, que foi concebida em um contexto em que não havia uso de energia, como usam as edificações acadêmicas. Nós temos laboratórios, áreas administrativas, informática, que têm grande uso de energia”.

Independentemente da causa que a investigação da Polícia Federal apontar ao incêndio do museu, a declaração de Leher grita aos ouvidos dos empresários brasileiros. É como se dissesse: “Não deixe sua empresa se transformar em um Museu Nacional! Faça manutenção preventiva, pois só ela pode apontar o estado real de uma instalação elétrica!”

Como prevenir?

Você pode começar a prevenir acidentes e perdas (pois a má conservação das instalações elétricas aumenta o consumo de energia!) fazendo as seguintes perguntas:

⦁ Você sabe se sua empresa possui fio-terra?
⦁ E um dispositivo DR? Nunca ouviu falar?
⦁ Você costuma amontoar aparelhos em benjamins?
⦁ Sabe o que pode provocar um curto-circuito?
⦁ Como andam os quadros de distribuição de energia? E os condutores são compatíveis?
⦁ O disjuntor costuma desarmar?
⦁ A luz pisca quando você liga um aparelho?
⦁ A energia oscila? Há quedas comumente?
⦁ Locais que causam pequenos choques?
⦁ Há gambiarras elétricas, fios emendados, cabos e tomadas em mau estado de conservação?

Avalie suas respostas a essas questões. Se você não possui DR ou fio-terra, abusa de benjamins, não sabe como andam seus quadros de energia e verifica que há oscilações, quedas, choques e gambiarras elétricas… então você realmente precisa chamar uma empresa profissional para avaliar o que fazer.

8 dicas de segurança, sem gambiarras

Vimos que as gambiarras elétricas causam muitos acidentes e mortes no Brasil. Além de prejuízos enormes ao patrimônio de pessoas físicas e de empresas públicas e privadas. Portanto, não há atalhos para um caminho de segurança e confiabilidade: é preciso investir em qualidade e manutenção das instalações elétricas. Você pode começar com os seguintes passos:

1. Fugir das gambiarras elétricas.
2. Fazer a manutenção periódica das instalações elétricas.
3. Redimensionar e renovar as instalações sempre que houver mudanças significativas no consumo de energia, compra de máquinas pesadas, etc.
4. Instalar sistemas de proteção e aterramento (fio-terra e dispositivos diferenciais residuais ou DRs).
5. Evitar o uso permanente de benjamins ou “Ts”.
6. Não sobrecarregar tomadas com filtros de linha, réguas e extensões.
7. Evitar a desordem: cabos soltos, fios emendados ou sem caixas e conduítes.
8. Nunca recorrer a “eletricistas” amadores. Chamar sempre uma empresa com profissionais qualificados para realizar instalações e reformas.

“Não basta alterar as instalações para adequar o consumo à capacidade física. Nós precisamos também prever o crescimento futuro de uma empresa. E ajustar os layouts da melhor forma para gerar economia. Com as manutenções, descobrir pontos de aquecimento e sobrecarga que geram curtos e desperdiçam energia. Unindo a manutenção preventiva ao combate às gambiarras elétricas temos energia eficiente com segurança” – explica Costa.

Então você já sabe: evite gambiarras. Não deixe sua empresa se tornar um Museu Nacional. E conte com a OMS para cuidar de suas instalações elétricas. Assim você fica despreocupado e só gasta energia para administrar seus negócios!

Contate-nos no fone 55 (41) 3364 – 7000 ou aqui neste link. Abraço!

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