A informação foi ampla: os benefícios da eficiência energética se tornaram assunto recorrente em 2017. E com isso a consciência vem chegando, pouco a pouco. Primeiro nas indústrias, empresas… e há de conquistar, por fim, os lares brasileiros.
Isso por um motivo essencial: estamos à beira de uma grave crise energética mundial. À beira de apagões e com eletricidade cada vez mais cara.
Poluímos cada vez mais para gerar energia e, ao contrário do que seria lógico, desperdiçamos bilhões em eletricidade.
É como mostramos aqui no levantamento da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), que revelou:
- Só entre 2013 e 2016, o Brasil desperdiçou 143.647 GWh (gigawatt/hora) de energia.
- Isso significa que jogamos no lixo R$ 61,71 bilhões!
- Esse valor é maior que o produto interno bruto dos 12 estados com menor PIB no Brasil.
- O potencial de economia – aquilo que poderíamos ter economizado mas desperdiçamos nos últimos três anos. “É equivalente a 1,4 vezes toda a produção de Itaipu em 2016, ou seja, seria o mesmo que desligar Itaipu mais de um ano inteiro”.
- “O potencial de economia de energia nos últimos três anos (143.647GWh) daria para abastecer, durante um mês inteiro, a cidade de São José dos Campos, que tem 533.000 habitantes.”
Não foi à toa que, de acordo com o Conselho Americano para uma Economia Eficiente de Energia (ACEEE), o Brasil ocupou, em 2017, o penúltimo lugar no ranking mundial de eficiência energética. Só não perdemos da Arábia Saudita quando o assunto é desperdício de energia.
Prejuízos da ineficiência x benefícios da eficiência energética: fizemos a tarefa de casa em 2017?
Infelizmente os números do desperdício mostraram que não. Em compensação, percebemos que, apesar da crise econômica, um número cada vez maior de empresas, indústrias e grandes consumidores começaram a acordar para os benefícios da eficiência energética. Especialmente porque esses benefícios da eficiência energética representam economia. Isso quando projetos de eficiência energética são implementados. Durante o ano, mostramos amplamente quais são:
- Identificar desperdícios – sejam por motivos físicos, como o rompimento de um cabo, ou pelo mau uso.
- As causas mais tradicionais de desperdício são o superaquecimento. Gerados pela distorção de energia, atrito, vibração excessiva e desequilíbrio de tensão. Após serem identificados, esses problemas são sanados, eliminando o desperdício.
- Além de parar de jogar energia no lixo, as medidas de eficiência energética otimizam e reduzem o consumo da energia.
- Com isso, um programa de eficiência energética pode gerar economia de 70 a 90% na conta de luz. Especialmente se combinada a uma geração própria de energia, como a solar fotovoltaica.
Iluminação correta, consumo na medida certa é igual a: benefícios da eficiência energética
Explicamos, em vários posts durante o ano, por que a troca de lâmpadas comuns pela tecnologia LED ajuda a reduzir drasticamente o gasto com iluminação.
- A lâmpada de LED chega a consumir 90% menos energia do que uma luminária comum, do tipo fluorescente ou incandescente.
- Além disso, ela tem uma durabilidade superior a qualquer outra lâmpada. Sua vida útil pode chegar a 50 mil horas, o que reduz também os gastos com manutenção.
- A lâmpada de LED não emite calor (que queima e desperdiça energia). Tem maior eficiência, não necessita de descarte especial porque não possui componentes tóxicos como o mercúrio. Fornece maior segurança de instalação e operação, não atrai insetos e é resistente a vibração e impacto.
Um exemplo prático: uma empresa que possui 200 luminárias pode economizar até 37 mil reais por ano se substituir as lâmpadas tradicionais pelas de LED. Bom, né? Veja aqui um caso real que mostramos neste ano. E a comparação entre o consumo de cada tipo de lâmpada neste link.
Além de adequar as lâmpadas, o protocolo de eficiência energética prevê o cálculo luminotécnico. Esse cálculo determinar a quantidade de luz ideal para cada ambiente, sem excesso nem desperdício.
Identificam-se os horários de pico de consumo, as particularidades de iluminação sazonal de cada empresa e os padrões atuais de uso da luz.
É feito um levantamento das lâmpadas empregadas. Por fim, é realizada a troca de lâmpadas menos econômicas e poluentes por lâmpadas de LED.
E o que fazer com o mercúrio e outros componentes tóxicos das lâmpadas antigas? A OMS recicla as lâmpadas que retira dos clientes quando executa projetos de eficiência energética, como você poderá ver no vídeo a seguir. Uma ação que associa a marca de seus clientes às boas práticas ambientais.
Sim, em 2017 explicamos muito sobre como é o protocolo de um programa de eficiência energética
Trabalhamos muito pelos benefícios da eficiência energética em 2017! Mostramos que tudo começa com a avaliação das instalações elétricas e dos hábitos de consumo.
Isso porque o desperdício não ocorre só por problemas físicos na estrutura elétrica, mas também pela má utilização da energia. Uma empresa pode ter desperdícios sem que o administrador tenha ciência, tais como: distorção harmônica (que gera aquecimento nos condutores do sistema elétrico), baixo fator de potência e outros.
Da mesma forma, pode desperdiçar energia por problemas mecânicos como vibração excessiva, atrito, superaquecimento e excesso de ruídos das máquinas e componentes industriais.
Quando um programa para a conquista dos benefícios da eficiência energética é implantado, são avaliados:
► Harmônicos: sobreposições de oscilações na corrente ou na tensão elétrica. Eles podem reduzir a eficiência de máquinas e componentes, além de causar superaquecimento. Isso aumenta o consumo de energia do sistema.
► O superaquecimento, outra grande fonte de perda de energia, pode ser causado por sobrecarga ou desgaste de cabos e outros componentes do sistema. Na implantação do programa de eficiência energética o calor é medido na distribuição de energia, em quadros elétricos (proteções), cabos e conexões. Também em transformadores, motores, bancos de baterias, disjuntores, subestações e outros. A partir da identificação, os pontos de perda de energia podem ser solucionados.
► Nos motores das indústrias, são verificadas a parte mecânica (vibração e temperatura), elétrica (desequilíbrio de tensão, desequilíbrio de corrente e fator de potência) e de manutenção (como estão aterramento, aperto das conexões e resistência do isolamento).
São informações baseadas nos estudos mais recentes e nos 27 anos de experiência que temos com clientes que atestam a qualidade de nosso trabalho. Entre eles estão a Copel, o Banco do Brasil, a Sorvetes Bapka e muitos outros.
Geração fotovoltaica: a irmã da eficiência energética
A microgeração de energia solar fotovoltaica cresceu enormemente no Brasil em 2017. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o número de ligações de micro e pequenos geradores às redes de distribuição saltou de 1.731 em dezembro de 2015 para 10,5 mil em meados deste ano. O número de sistemas fotovoltaicos no Brasil também cresceu muito: dobrou de janeiro a setembro deste ano, chegando a 16 mil unidades.
Motivo principal? Se somada à adoção de medidas de eficiência como a troca de lâmpadas comuns por LED, a redução do gasto com energia torna-se notável. “O ideal é você ter a tua geração própria, sim. E mais do que isso: é você ter um programa de eficiência energética bem elaborado, bem instalado para unir a geração racional a um consumo racional. Isso se traduz em benefício para toda a sociedade” — diz Osmar Nascimento Costa, diretor da OMS Engenharia.
A conta de luz pode ficar até 90% menor, e o retorno do investimento ocorre, normalmente, em poucos anos.
A valorização dos imóveis: mais um dos benefícios da eficiência energética
Antecipamos aos nossos leitores a tendência do futuro: imóveis com selo de eficiência energética. Todos, claro, muito bem valorizados.
Um prédio construído de acordo com um bom projeto de eficiência energética pode ter notas máximas e ganhar o selo Procel-Inmetro-Eletrobrás conhecido como Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence) em Edifícios. Ela é fornecida pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem em Edificações (PBE Edifica) às edificações que atendam os padrões de eficiência.
Para ganhar o selo de alta eficiência, uma edificação precisa ter boa iluminação, sistema de condicionamento de ar e envoltória. Esses são os fatores que mais impactam no consumo de energia em nosso país. “No Brasil, as edificações são responsáveis por cerca de 50% do consumo de energia elétrica. Desses 50%, praticamente tudo se deve a ar condicionado e iluminação”. Disse Alexandra Maciel, analista de infraestrutura da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Benefícios da eficiência energética em edifícios
Morar ou trabalhar em um edifício com eficiência energética atestada significa gastar menos na conta de luz. Cada vez mais o consumidor estará atento a isso antes de comprar ou mesmo alugar um imóvel. Além do conforto ambiental, a implantação de projetos de eficiência energética garante a redução dos impactos ambientais causados pela utilização irracional de energia, como a emissão de gás carbônico (CO2), o gasto com a construção de usinas, a dependência de recursos naturais à beira do esgotamento e a ocorrência de crises energéticas.
“O que hoje é novidade, algo que parece inovador, logo será uma regra para todas as edificações. É preciso entender que a implantação de projetos de eficiência energética e a adoção de medidas de geração sustentável como a solar fotovoltaica são inevitáveis, são o presente, e não mais um futuro que parece distante de nós. Ou fazemos isso, ou enfrentamos o caos energético e social no Brasil e no mundo” – alerta Mauro Nascimento Costa, sócio da OMS Engenharia.
Então reflita conosco: o mundo caminha, cada vez mais, para o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade energética. Podemos dizer que os dois pilares para indústrias e empresas chegarem a um consumo razoável são: eficiência energética e geração de energia renovável. A combinação desses dois pilares gera economia financeira e segurança energética.
Assista ao vídeo-resumo do ano sobre esse tema e fique preparado para renovar suas energias em 2018, com o perdão do trocadilho… É que a Terra clama por energias renováveis e limpas. Não no ano que vem, agora mesmo!