Toda pessoa possui traços psicológicos únicos. Esses traços são formados ao longo da vida pelas experiências que vivemos, pelo ambiente ao nosso redor e pela cultura que assimilamos.
Para a psicologia, esse conjunto de experiências constitui o nosso “perfil comportamental”: um conjunto de características que determina como cada pessoa irá agir diante de diferentes contextos, estímulos e situações do cotidiano.
Em uma empresa, entender os perfis comportamentais dos colaboradores é fundamental para organizar boas equipes de trabalho.
Isso permite aproveitar ao máximo o potencial de cada indivíduo, de modo que as rotinas se tornem estimulantes. Em contrapartida, traz alto rendimento e qualidade ao staff.
Foi pensando nesse estudo tão importante da psicologia que a OMS Engenharia realizou na sede da empresa, em Curitiba, um workshop especial sobre análise de perfil comportamental.
O treinamento foi oferecido gratuitamente aos colaboradores do setor comercial, com a participação do RH da OMS.
A ideia base do evento foi levar autoconhecimento a todos os participantes.
“O profissional que conhece o seu perfil comportamental pode vislumbrar melhor o que o deixa com mais vontade de trabalhar e o que não é tão interessante para ele. Conhecendo os traços dos nossos colaboradores, podemos desenvolver melhor o profissional que está vestindo a camisa da OMS” – afirma Henrique Costa, gerente comercial da empresa.
As atividades foram ministradas pela consultora de recursos humanos Elyã Barbosa Costa, que utilizou a Metodologia DISC para ajudar os colaboradores da OMS a identificar seus próprios traços comportamentais.
A Metodologia DISC
Foi o psicólogo americano William Marston que desenvolveu a Metodologia DISC, ferramenta utilizada por gestores de RH para avaliar os pontos fortes e fracos de suas equipes corporativas.
O método divide os traços psicológicos de cada profissional em quatro tipos:
1 – Comunicador: com alta sociabilidade e conexão interpessoal, ele possui o perfil ideal para trabalhos em equipe e resolução de conflitos. É capaz de influenciar os outros membros da equipe.
2 – Executor: tende a ser competitivo e dominante. É um bom profissional para tomar decisões, perseguir objetivos e metas. É resiliente e focado ao extremo. Mas não tem o perfil ideal para trabalhos em grupo, porque costuma perseguir seus objetivos a todo custo, sem se abrir a outros pontos de vista. Por isso, tende a ser autoritário e pouco adaptável a mudanças.
3 – Planejador: é calmo e estável. Possui o perfil ideal para trabalhos em equipe. Gosta de rotina, cronogramas e previsibilidade. Mas, não lida muito bem com inovações e improvisos. Porém, sente-se seguro se trabalha junto com os comunicadores. Isso porque o comunicador completa os pontos que o planejador não tem.
4 – Analista: os analistas são detalhistas e organizados. Por isso são ótimos para tarefas repetitivas ou que requerem um alto nível de precisão. São excelentes especialistas. Mas não são bons para lidar com pressão e tomada de decisão. Possuem pouco gerenciamento e têm excesso de autocrítica.
Nem bom, nem ruim
Dentro da Metodologia DISC, não há bom ou mau perfil comportamental. Na verdade, os perfis se complementam.
Dessa forma, determinados comportamentos são aproveitados melhor em setores A ou B das empresas.
Neste quesito, podemos dizer que “mau é tudo que está fora do seu lugar, e bom é tudo que está no seu lugar”.
Por exemplo, não seria adequado encaixar uma pessoa de perfil comportamental comunicador no setor de programação de sistemas!
Ele se sentiria aborrecido com as atividades repetitivas e com todo o processo produtivo que envolve a programação. Talvez, essa pessoa desenvolvesse mais o seu potencial lidando com os clientes da empresa.
De acordo com o método, o segredo de uma equipe de trabalho eficiente é saber quando e onde encaixar os colaboradores da melhor maneira, de acordo com seus perfis comportamentais.
“Por isso realizamos esse treinamento. Queremos conhecer melhor cada um de nossos colaboradores. Assim conseguiremos encaminhar as atividades às pessoas certas, envolvendo-as mais em suas equipes de trabalho, porque entendemos que uma equipe cada vez melhor é uma empresa cada vez melhor. Uma equipe excelente é uma empresa excelente”, afirma Henrique Costa.