A tecnologia de Para-Raios com Dispositivo de Ionização (PDI) – também conhecida como Para-Raios Ionizante ou Early Streamer Emission (ESE) – começou a ser desenvolvida na França em 1986 com o lançamento do Prevectron, sistema desenvolvido pela multinacional Indelec.
O para-raios ionizante Indelec é uma proteção contra descargas atmosféricas que detecta e antecipa a formação do raio, conectanto-se a ele em um ponto mais alto em relação aos para-raios convencionais de ponta metálica simples (conhecidos como “ponta Franklin”).
Por essa característica, os para-raios com dispositivo de ionização conseguem cobrir áreas maiores que os Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosférica (SPDA) tradicionais.
E podem evitar os prejuízos causados por raios mesmo em áreas abertas. Desta forma, aumentam a segurança de empresas, indústrias, fazendas ou condomínios residenciais com circulação externa de pessoas ou animais.
Veremos neste post como isso acontece. E ainda:
- Como é o funcionamento do para-raios ionizante.
- Diferenças e comparação entre para-raios ionizantes e para-raios tradicionais de ponta Franklin.
- Vantagens dos para-raios com sistema de ionização.
- Tipos de para-raios ionizantes.
- Como age o para-raios ionizante num Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).
- A importância do laudo de SPDA
- OMS/Indelec – a tecnologia PDI no Brasil.
Você saberá também como funciona a parceria da Indelec com a OMS Engenharia, que representa a marca no Brasil e recebeu, em janeiro de 2021, o prêmio de “Instalação mais prestigiosa de 2020” realizada no país com para-raios ionizante Indelec.
O funcionamento do para-raios ionizante
A descarga atmosférica (ou raio) é a consequência de uma diferença de potencial entre a nuvem e a terra. Traduzindo, a diferença de potencial é a variação entre a voltagem elétrica presente nas nuvens de tempestade (cumulus nimbus) e a voltagem do solo.
É essa diferença de potencial que faz as partículas elétricas das nuvens se moverem para o solo na forma de uma corrente elétrica.
O raio começa quando a nuvem lança o chamado “traçador descendente”, que propaga essa corrente elétrica em direção ao solo.
Na medida em que o traçador descendente se aproxima do chão, objetos ou pontos altos – como árvores, torres ou para-raios – começam a gerar um campo de ionização elétrica que aumenta naturalmente (o chamado “efeito coroa”).
Com a diferença de potencial entre esse campo de ionização da terra e o que vem do céu, uma descarga elétrica ascendente é gerada em direção à nuvem – o chamado “traçador ascendente”.
O encontro dos traçadores
É o encontro entre o traçador descendente emitido pela nuvem com o traçador ascendente emitido pelo solo, objeto ou para-raios que gera a descarga elétrica na forma de relâmpago (clarão luminoso) e trovão (som do raio).
Sem um para-raios, o raio atinge o primeiro objeto alto e pontiagudo que encontra, seja uma árvore, prédio ou pessoa.
E este recebe o impacto direto da descarga, que costuma ter intensidade de 30 mil ampères. Praticamente a mesma corrente utilizada por 30 mil lâmpadas de 100W juntas.
Os sistemas de proteção contra raios fazem com que o ponto de impacto da descarga seja um objeto pré-definido – o para-raios.
Ele faz com que a descarga atmosférica siga um caminho pré-determinado e sua corrente elétrica atinja a terra sem danificar a estrutura de edificações ou as pessoas.
A diferença entre os para-raios comuns (ponta Franklin, ou ainda a Gaiola de Faraday) e os para-raios ionizantes como o Prevectron, da fabricante Indelec, é que o para-raios ionizante antecipa a formação da descarga atmosférica lançando um traçador ascendente que gera o campo de ionização ainda no ar.
Assim, a descarga elétrica ocorre antes de tocar qualquer objeto no solo, e a corrente elétrica pode ser direcionada, como veremos a seguir.
Diferenças entre o para-raios ionizante Indelec e o para-raios convencional
Num Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) com para-raios tradicional (ponta Franklin), a ação é passiva.
Ou seja, o raio é formado naturalmente e o para-raios, junto com os demais componentes do SPDA, apenas recebe e direciona a descarga elétrica para o solo de maneira segura.
Já o para-raios ionizante é considerado ativo.
Isso porque a tecnologia PDI detecta a variação do campo eletromagnético presente na emissão do raio.
Ao detectá-lo, ele antecipa a formação da descarga atmosférica lançando o traçador ascendente. Este traçador cria um canal ionizado capaz de modelar o percurso do raio até o solo.
A conexão com o raio ocorre em um ponto mais alto, acima do equipamento.
E isso é feito antes que a descarga atinja qualquer outro objeto presente na área de proteção. Desta forma, o para-raios ionizante garante uma cobertura maior que um para-raios comum. Ele tem longo alcance e consegue proteger não apenas a edificação onde está instalado, como também suas áreas externas!
Quem tem o melhor desempenho?
Um para-raios comum ponta Franklin – quando posicionado a uma altura de 5 metros acima do ponto mais alto de um prédio – gera um raio de proteção de 8,3 metros. E este engloba apenas a edificação.
Já o para-raios ionizante Indelec modelo Prevectron, na mesma situação, pode proteger um raio de 79 metros ao seu redor.
Como o diâmetro de proteção do para-raios ionizante é quase 10 vezes maior que o do convencional, a proteção abrange tanto a edificação quanto suas áreas externas.
É o caso de pátios de empresas, espaços de manobra logística, estacionamentos, condomínios residenciais, quadras esportivas, parques, campos de futebol, galpões, depósitos de matérias ao ar livre, etc.
A proteção externa confere maior segurança a pessoas (funcionários e clientes), animais (no caso de fazendas), materiais (como inflamáveis) ou equipamentos (como veículos e máquinas).
E isso é fundamental para muitos empreendimentos, já que a maioria dos incidentes com raios ocorre em ambientes externos.
Vantagens do para-raios com ionização
Já vimos que o equipamento do para-raios ionizante (PDI) – composto de ponta metálica e dispositivos eletrônicos – se conecta com o raio em um ponto mais alto que os para-raios comuns.
Isso possibilita ampliar a área de proteção em torno da descarga elétrica. E torna seu raio de proteção superior ao de todos os demais Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).
Vejamos agora outras vantagens que empresas, indústrias ou condomínios podem ter com a instalação de para-raios ionizante.
1. Confiabilidade testada
Desde 1993 os para-raios ionizantes da marca Indelec, criadora do sistema ionizante Prevectron, passam por testes de alta tensão e in loco.
Estudos foram realizados na América, Europa e Ásia, comprovando a resistência e a eficácia da tecnologia em:
- condições reais de tempestade
- tempestades tropicais e de inverno
- raios ascendentes e descendentes
- descargas elétricas repetidas.
Os para-raios ionizantes da marca seguem as normas estrangeiras:
- NFC 17-102 (criada na França em 1995 e atualizada em 2011)
- NFC 17-102 (referência para a Proteção com Dispositivo de Ionização – PDI)
- IEC 62305
- UNE 21186
- NP 4426
- IRAM 2426, entre outras.
Por isso, conquistaram certificações junto a centros de pesquisa em vários países. Entre eles o Underwriters Laboratories, Bureau Verita, Unicamp, Conformidade Europeia e Qualifoudre.
2. Alta resistência
O para-raios ionizante é mais robusto que uma ponta Franklin e, portanto, mais resistente. O equipamento é capaz de suportar várias descargas atmosféricas e condições climáticas extremas.
3. O para-raios ionizanete Indelec é automático
O acionamento do para-raios ionizante é eletrônico e autônomo. Por isso, o equipamento não necessita de nenhuma fonte de energia para entrar em operação.
4. A instalação do para-raios ionizante é mais simples
O para-raios ionizante Indelec (PDI) propicia instalação e manutenção simplificadas. Além disso, é a mais baratas em comparação ao sistema de proteção (SPDA) convencional. Também costuma apresentar vantagens como:
- Menor possibilidade de quebra de telhas durante a instalação.
- Menor agressão à arquitetura das edificações.
- Instalação mais rápida.
- Menor impacto para a edificação, já que o raio atinge diretamente o aparelho Prevectron.
- O sistema pode ser reaproveitado em caso de mudanças.
Por que sua empresa precisa da proteção de um para-raios ionizante com ampla cobertura?
O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo. Recebe mais de 78 milhões de descargas atmosféricas anuais, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E este número cresce ano a ano em função de mudanças climáticas no planeta (veja aqui).
Acidentes com raios geram prejuízos enormes a empresas e indústrias desprovidas de um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Uma descarga atmosférica pode:
- matar pessoas e animais
- interromper o suprimento de energia
- comprometer a estrutura física da edificação
- queimar equipamentos e máquinas
- causar incêndios
- afetar a rede de comunicação de dados e telefonia
- causar enorme destruição patrimonial.
Isso ocorre porque a descarga que um relâmpago produz equivale a mil vezes a corrente elétrica de um chuveiro. E a temperatura de um raio pode atingir 30 mil graus Celsius: cinco vezes a temperatura da superfície solar.
Os danos gerados por raios podem ser alastrar por propriedades vizinhas, já que a corrente elétrica da descarga atmosférica se propaga pelo solo em um raio de até 5 Km.
Portanto, a instalação de um sistema de proteção com para-raios competente pode evitar perdas enormes às empresas, além de salvar vidas.
Como é um SPDA com para-raios ionizante Indelec?
O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é todo o conjunto de equipamentos que protege edificações ou áreas externas contra raios.
Basicamente, o SPDA contém três subsistemas que trabalham para “captar” e “desviar” a descarga atmosférica, de modo que ela não atinja o interior da edificação ou áreas externas (no caso do sistema ionizante). Esses subsistemas são:
- Captação da descarga atmosférica (raio). O para-raios é o equipamento que faz a captação do raio.
- Descida do raio até o solo.
- Aterramento, que distribui a eletricidade para a malha de aterramento – um anel interligado com hastes de cobre em torno da edificação, numa área do solo preparada para que a eletricidade não atinja o interior do edifício.
Num SPDA convencional, a ponta metálica de Franklin recebe o raio naturalmente e o direciona pelo exterior da edificação, desviando-o para a malha de aterramento. Essa estrutura protege apenas os ambientes internos das edificações.
A estrutura de um SPDA ionizante é praticamente a mesma desse SPDA comum, contendo:
- um captor (o para-raios ionizante)
- um mastro
- 2 condutores de descidas por captor
- 2 aterramentos interligados e uma equipotencialização e conexão com caixa BEP. Um contador de raios também pode ser instalado em uma das duas descidas, a fim de facilitar a manutenção do sistema.
SPDA moderno ou tradicional: qual escolher?
A única diferença entre o sistema comum (com para-raios ponta Franklin) e o moderno (PDI) é que este utiliza como captor um para-raios ionizante que prevê a formação do raio, conectando-se a ele antes mesmo que chegue ao captor, em um ponto mais alto da atmosfera.
Assim sendo, a descarga atmosférica é desviada pelo sistema de descida para o aterramento dentro de um raio maior de proteção que pode englobar tanto a edificação quanto as áreas externas.
O tipo de SPDA ideal para a sua empresa é o que oferece melhor custo-benefício. Ou seja: negócios com atividades em campo aberto, como indústrias, podem precisar de um sistema mais completo e robusto com proteção externa. Outros, como pequenas empresas, podem ficar seguras apenas com a proteção interna da ponta Franklin.
Em edificações já existentes, a melhor maneira de escolher o sistema de proteção contra raios mais adequado é realizar o laudo de SPDA, que veremos a seguir.
A importância do Laudo de SPDA
O laudo de SPDA é feito por especialistas habilitados pelo CREA que avaliam se o SPDA está dimensionado corretamente, se está funcionamento bem ou mesmo se é inexistente – o que pode gerar multas e danos severos, como a perda de vidas.
Seguindo as diretrizes da norma técnica NBR 5419, da ABNT, o estudo técnico inspeciona a instalação elétrica das edificações e evidencia pontos de falha, insuficiência ou deterioração do para-raios e de todos os demais componentes do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
É com essa avaliação que empresas, indústrias e condomínios podem projetar ou reestruturar seus sistemas de proteção, a fim de evitar multas, danos às edificações, curtos, incêndios e até mortes.
→ Saiba mais sobre esse tema em nosso podcast sobre laudo de SPDA e Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas.
→ Se você quiser ampliar seu conhecimento, baixe também nosso e-book sobre laudos elétricos!
Parceria OMS – Indelec
É muito importante escolher uma empresa com credibilidade para realizar a avaliação e a instalação do SPDA – seja ele com para-raios convencional ou ionizante.
A OMS Engenharia realiza laudos de SPDA e a instalação de para-raios em clientes industriais, corporativos e residenciais tanto no sistema tradicional como na tecnologia PDI.
É o caso do Conjunto Malibu I, em Curitiba, onde a OMS executou o laudo de SPDA e o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas com para-raios ionizante Indelec.
No Paraná, a OMS Engenharia é representante da marca Indelec – fabricante multinacional de para-raios ionizantes que atua no Brasil há
mais de 25 anos.
Com sede na França, a Indelec exporta seus produtos a mais de 80 países. Cumprindo as principais normas francesas e estrangeiras, seu modelo Prevectron 3 é o para-raios mais certificado do mundo.
Os Sistemas de Proteção contra Descarga Atmosférica com para-raios ionizante Indelec têm se mostrado eficientes na segurança de grandes estruturas e áreas abertas. E por isso mais de 1 milhão de unidades já foram instaladas ao redor do mundo.
OMS Engenharia: instalação premiada em para-raios ionizantes
Em janeiro de 2021, a Indelec Brasil concedeu à OMS Engenharia o prêmio de “Instalação mais prestigiosa do ano de 2020”.
A OMS recebeu o prêmio pela instalação de SPDA com para-raios Indelec em um dos prédios do polo KM3 da Companhia Paranaense de Energia, a Copel. Localizado no bairro Mossunguê, em Curitiba, o KM3 sedia o setor de distribuição de energia elétrica da Copel.
A empresa decidiu implantar o sistema depois que um forte temporal destruiu o telhado da edificação em 2020. O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas antigo precisou ser removido para que a OMS Engenharia pudesse reformar completamente a cobertura. Após a conclusão da reforma, um novo SPDA foi instalado.
“A Copel precisava de um sistema de proteção confiável, tanto para poder renovar o seguro de seu imóvel quanto para proteger a edificação e seus ocupantes” – explica o engenheiro eletricista Henrique Dariva.
Além de oferecer alta proteção em um raio maior de cobertura, o para-raios ionizante é capaz de proteger pessoas em áreas externas, o que representa enorme vantagem a empresas com alta circulação de funcionários, como a Copel.
“Nós explicamos ao cliente as vantagens da utilização do SPDA da Indelec e ele, então, optou pela instalação do sistema Early Streamer Emission (ESE)”.
A OMS Engenharia realizou o laudo das descidas do SPDA já existente e foi possível aproveitá-las na nova instalação. Outra vantagem da escolha do para-raios ionizante foi que, como o sistema oferece maior área de proteção, necessita de menos captores de descargas elétricas.
“Havia, nesse bloco da Copel, vários para-raios do sistema antigo. Com a instalação do novo sistema da Indelec, foi necessário somente um para-raios. Ou seja: com um só captor, conseguimos fazer a cobertura da área inteira do bloco” – diz Osmar Costa, diretor da OMS Engenharia.
Durante o encontro anual de 2021, a Indelec anunciou também o lançamento de um novo contador de raios, que faz a leitura através de um aplicativo de celular, bastando, para isso, aproximar um smartphone do aparelho. Sem necessitar de visor e bateria, o componente reduz o custo do para-raios ionizante.
Agora você já conhece a expertise da OMS Engenharia, prêmio de “Instalação mais prestigiosa de 2020”!
→ Pronto para implantar um para-raios ionizante Indelec ou convencional de Franklin em seu empreendimento?
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Sou síndico de um prédio de 13 andares, qual é o custo aproximado com o equipamento instalado.
Bom dia. Sou engenheiro. Tenho uma antena de Internet “star link” instalada no telhado de um casarão antigo. o telhado é em forma de “O” com uma área interna descoberta. Queria detalhes de como proteger esta antena de descargas eletricas com o para raios ionizante . Obrigado.
Bom dia sou engenheiro e estou querendo saber mais sobre os dados técnicos e custos aproximados do equipamento.
Olá, Audrei. Se possível entre em contato com a gente. Pelo telefone.
Na utilização do captor ionizado, as descidas de cabo de cobre nu precisam ser passar pelos suportes com roldana de fixação, ou pode ficar solto?
Sou engenheiro eletricista, trabalho com projetos para instalação elétrica e de para raios, me interessei pelo para raios ionizante e gostaria de saber mais sobre sua instalação, custo e benefício.
Olá, Wilson. Favor entrar em contato com a gente. O nosso telefone é: (41) 3364-7000